terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O aluno de ontem e o de hoje


Semana passada tive a possibilidade de comentar em um curso a diferença do aluno de hoje e do aluno de 20, 25 anos atrás.

Comentei que o aluno, no passado, era mais observador, atencioso, investigativo.

O aluno atual é 100% visual. Aprende com as imagens que o cerca e que o fazem tomar todas as decisões.

Aí você pode dizer: e uma pessoa com deficiência visual. Essa encontra outras maneiras de enxergar o mundo que o cerca.

Se você pedir a um deficiente visual, que nunca enxergou, para descrever uma nuvem, provavelmente ele vai dizer até que é branca, sem nunca ter visto uma.

Lembrei que, por causa dessa mudança radical na forma de aprender, fez com que nossas crianças fossem contaminadas por essas pragas visuais: televisão, Internet, vídeos, etc.

com elas, vieram a falta de limites, a preguiça, a falta de objetividade e sensibilidade, o egoísmo, o desrespeito, o consumismo exagerado.

Conversei com alguns alunos e disse que, na minha época, quando um professor adentrava a sala de aula os alunos ficavam de pé, em sinal de respeito, e não se sentavam enquanto o professor não autorizava.

Que quando o diretor da escola, uma das figuras mais importantes da sociedade chegava na sala, os alunos também se levantavam, e quando este saía era aplaudido, porque suas palavras eram significavas e importantes.

Hoje os alunos mal percebem a figura do diretor nas escolas. Respeitar, então...

A educação precisa mudar para ser mais atrativa.

Ou vai ser engolida por suas próprias expectativas e falta de objetividade.

A tecnologia está aí para ser aproveitada, mas alguns ainda a vêem como um robô que veio para tomar o emprego de alguns professores que nunca deveriam sequer ter entrado dentro da sala de aula.

Infelizmente é assim.

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