terça-feira, 22 de junho de 2010

Mentiras Verdadeiras

Eu já não sou mais um garoto. Isso é um fato. Mas nem por isso deva viver como um eterno idoso. A idade não está em nossa composição física. Está em nossa mente. Se imaginarmos que estamos perto do nosso fim, começamos a nos matar e não sabemos. Aliás, estamos perto de nosso fim todos os dias, mas isso não deve servir de motivação para entregarmos a nossa vontade de viver aos urubus. Isso nunca.
Não há dificuldade em nossas vidas que deva nos fazer desistir de querer viver.
Estou vivendo talvez a época mais produtiva de minha vida. tão produtiva que acho que vou acabar ficando maluco com tanta coisa, mas vou dando eixo. Aprendi que não podemos exigir mais das pessoas do que elas podem absorver. Então, vou dosando. Escrevendo, trabalhando, ensinando, lutando, batendo e apanhando, mas sempre de pé.
Acabei de escrever um teatro, acabei de escrever mais um livro (Ah! Esse só no final do ano), tô com o braço bichado, vou ter que operar, não tem jeito. Hoje escrevi mais 4 personagens pra um teatro que pretendo colocar em prática até o final do mês que vem.
Essa é minha vida.
Paralelamente a tudo isso, ainda vou fazer um mestrado em Tecnologias em Educação (se Deus quizer), Direito (se Deus deixar), e estou terminando minha Especialização em Tecnologias em Educação na PUC-Rio.
Pronto, respirei.
Enganou-se quem achou que eu estava enchendo minha bola falando de mim.
Quero que entendam apenas que o nosso maior universo está dentro de nós mesmos, e sua expansão depende apenas da nossa vontade. Isso eu tenho de sobra.
Cada dia eu me surpreendo mais com a minha mãe (se é que um dia eu deixei de me surpreender). Hoje ouvi ela explicando para minhas filhas o que era a morte.
Acho que umas delas perguntou pra ela se a morte era o fim do mundo. Ela disse que o mundo acaba todo dia. analisando friamente, ela tem razão. Todo dia a gente perde pessoas que achava que ia morrer se as perdesse, mas no dia seguinte, a gente vê que a vida recomeçou, e que existem ainda mais pessoas que se a gente perder o mundo da gente vai acabar.
A verdade é que nós não morremos. Apenas deixamos de existir desse mundo em presença física para passar a "sobreviver" nas recordações das pessoas que verdadeiramente nos amaram. Estamos aqui apenas para iniciar a vida de outras pessoas e dar-lhes suporte. O resto é diversão.
Existem coisas que nos magoam, coisas que não compreendemos e coisas que nos arrependemos, mas nenhuma delas deve servir de motivo para acreditarmos que somos melhores ou piores que alguém. Somos únicos, mas não somos essenciais.
É, a vida realmente é uma caixinha de surpresas.
Mas ainda há muita coisa para me surpreender.
Mas agora eu tô mais na fase de surpreender do que ser surpreendido.
Me aguardem!
Vem muita coisa por aí.

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