sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um Natal para todos... Ou quase todos!

Final de ano chegando. Aquele sentimento de que você não fez a metade daquilo que queria, mas tudo aquilo que podia. Promessas de que no ano que vem você se dedicará mais.
Mais promessas para não cumprir.
Acredito que é isso que estamos nos tornando: traçadores de metas inalcançáveis.
É natal. Um momento de confraternização, união... de desejo de coisas boas para todos.
Para todos?
Vivemos no mundo do SE ESTÁ BOM PARA MIM, FODA-SE VOCÊ.
Reclamamos demais da vida, e nos esquecemos que têm gente muito pior que a gente. Mas muito mesmo.
Muita gente ainda não sabe o que é pobreza.
A pior delas é a pobreza de espírito. Mas a que o povo sente mais é a social.
Semana passada vi a cartinha de um menino pedindo um presente inusitado para o Papai Noel:
UM PAI.
Ele queria saber quem era seu pai.
Isso dói na gente. Bem no fundo.
Imagine: querer conhecer o pai. Pode ser que um dia isso aconteça, e também pode ser que ele prefira nunca ter conhecido.
Tem gente que coloca filho no mundo e faz como a águia: chega na beira do abismo e empurra. Se voar, ótimo. Se cair, vamos tentar com outro filho.
Nas empresas, quando temos que comprar presentes para o alto escalão, não há problemas. Mas experimente tentar angariar fundos para comprar uma cesta básica para ajudar uma família carente?
Triste não é ter pouco. É reclamar do pouco que se têm.
Não ajudamos ninguém além de nós mesmos, e depois reclamamos que ninguém nos ajuda.
Nunca fazemos a nossa parte, e depois reclamamos do que?
Existem pessoas que vivem, realmente, bem a baixo daquilo que consideramos "linha da pobreza".
E em uma época como essa, vivem bem mais abaixo.
É difícil perceber que nadamos, nadamos, nadamos e nunca chegamos na praia, porque sempre estamos na lama.
É Natal. Mas daqui a pouquinho não será mais.
E ficarão esperando o Natal do ano seguinte para ver se melhora alguma coisa.
Esse ano minha mãe me disse uma coisa que mudou completamente a forma que eu via a vida.
Eu vivia reclamando da vida. Ela me disse que Deus sabe compensar as coisas, e nunca deixa que um filho seu esteja "abandonado", se é que a palavra correta é essa.
Me disse que se não recebemos em dinheiro, recebemos de outra forma, mas sempre somos recompensados por aquilo que merecemos. Mas entendemos como merecimento dinheiro, fama, reconhecimento profissional... Hoje eu troco tudo isso pela minha saúde, pela saúde de minha família, pelo convívio sadio com meus amigos. Por meus poucos inimigos existirem. Ainda bem que existem, porque são eles que fazem com que a gente não estacione no tempo. Temos muito a agradecer aos nossos inimigos.
É Natal, e não há nada que façamos para outras pessoas que possa colocar dentro delas aquilo que já deve estar dentro delas. Mas também não devemos tirar.
Existem muitas pessoas boas nesse mundo, e que não sabem porque são. Que estão cansadas de ser.
É importante mostrar a elas que a sua recompensa maior nunca virá desse mundo.
Aqui temos apenas aquilo que precisamos, e merecemos.
Acredito, enfim, que agora é momento de nos doarmos mais. Porque amanhã pode ser tarde, e as pessoas que você deveria dizer EU TE AMO já não estarão mais entre nós.
Mas nunca é tarde.
Se não vale lutar pelo que você sonha, lute pelo que você acredita.
Não torne a vida das pessoas um inferno só porque você acredita que a sua seja.
Reclame menos, arregasse as mangas e corra atrás dos seus sonhos, porque eles sempre estiveram lá, você é que passou a olhar na direção errada.
Lembre-se: VOCÊ PODE NÃO TER COMO FAZER UM NOVO COMEÇO, MAS NEM POR ISSO DEVERIA DEIXAR DE QUERER UM NOVO FIM.
Sempre é momento de recomeçar. Sempre.
Comece olhando à sua volta, e percebendo que sua vida não é tão dura assim como você imaginava.
FELIZ NATAL.
Que seu ano seja repleto de realizações e que seus sonhos se tornem realidade.
Obrigado por existir.
Obrigado por vir aqui sempre, e ler as idiotisses que eu escrevo, mas que me sinto muito bem depois que coloco para fora. Você devia fazer o mesmo.
Ah! Obrigado também pelas pessoas que me criticam.
Se começarem a estudar hoje e pararem que cuidar da vida dos outros, talvez em uns 30 ou 40 anos possam ser igual a elas. Rs.
Nada é impossível para quem tem asas.
Eu não sou guiado, guio.
Beijo do chato!

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