Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se
Mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas dos teus amigos. (...)
Chegou um tempo que não adianta morrer.
Chegou um tempo que a vida é uma ordem...Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Depressão
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