domingo, 29 de julho de 2012

Eleições


Faça o que é certo, não o que lhe convém!


Em época de eleição é sempre a mesma coisa: os políticos falam o que a gente quer escutar e muita gente só escuta o que quer ouvir. É sempre assim.
O ser humano, por incrível que isso possa parecer, é o único animal (dizem racional) que é capaz de aprender com os erros dos outros. Mas muitas pessoas ignoram essa máxima, comprometendo a vida de milhares de pessoas, ou por conveniência, ou por vaidade.
Se um político te oferece alguma coisa, um dos dois lados não presta: o do político, porque te pois preço, ou você, porque aceitou ser etiquetado. O problema é que você acaba cada dia mais barato. Um dia você quer um apartamento, um carro, outro dia um emprego bom já te serve, outro dia qualquer emprego que te arrumar já te serve, até chegar a ponto de uma cesta básica já te contentar. O importante é pedir.
Antes, as pessoas só se contentavam se ganhassem, hoje, só a promessa já basta!
E a ignorância chegou a ponto de algumas pessoas pensarem assim: “não tem problema, do mesmo jeito que eu coloquei o cara lá, eu tiro”. Santa idiotice.
Ainda existe aquela coisa de situação e oposição. Isso já deixou de existir a muito tempo. Todas as cidades que ainda cultivam esse pensamento só estão andando para trás. As outras, estão mergulhando num profundo crescimento. Porquê? Por um motivo muito simples: a cidade não é minha, nem é sua, é nossa! Todos fazemos parte de um grande quebra cabeça que vai muito mais além da nossa imaginação. Cada peça tem que se encaixar perfeitamente, independente da posição que ela se encontra. O importante é formar uma linda paisagem. Não importa se eu gosto de você ou se você gosta de mim, isso já era pedir demais. O que importa é o que você faz, ou o que você faz para melhorar as “nossas vidas”, ponto final. Quando digo nossas vidas, digo a vida de toda a comunidade. É importante estar bem quando todo mundo está bem!
Agora, vamos generalizar: no Brasil existe uma cultura coronelista difícil de ser exterminada. A do manda quem pode, obedece quem tem juízo. A diferença entre “estar” rico ou “estar” pobre depende do lado do caixão em que você está – do lado de dentro ou do lado de fora. Nessa hora, somos todos iguais. Para que serviram as diferenças então? Por acaso ela nos torna melhores ou piores que os outros?
Acabou a eleição, começam as perseguições, as desavenças, os atos medíocres, a podridão. O brasileiro tem uma memória muito curta. O valor não está no que a pessoa faz ou deixa de fazer, está no que ela fala para te convencer. Não devia ser assim. Cada dia estudamos mais para sermos mais ignorantes? Quando estamos por baixo, beijamos os pés, quando estamos por cima, pisamos na cabeça? 
Até quando vai isso, até estarmos dividindo a lavagem com os porcos, mas ainda sim brigando por um chiqueiro melhor?
E ainda tem gente (se é que podemos chamar de gente) que escolhe as pessoas erradas para “tentar” pisar na cabeça. Justamente aquelas que não estão nenhum pouquinho preocupadas com “lado” político.
Por incrível que isso possa parecer (tem muita gente que não acredita nisso), a justiça “ainda” existe. E existiria em uma proporção ainda maior, se todas as pessoas começassem a brigar pelo que é seu, não pelo que é dos outros.
Um dia escutei uma pessoa dizer: é mudou apenas a coleira, pois o cachorro continua o mesmo. Porque ela se sujeita a isso? Por comodidade? Ou por vaidade: “Não posso perder o meu voto! Na eleição passada eu ganhei para vereador, governador, só perdi para presidente! 
Bobeira, muita gente nem se lembra em quem votou na eleição passada!
E ainda querem melhorar o Brasil...
Agora, é época de reflexão. Se você vota em branco ou anula o seu voto, você está na verdade votando para o candidato mais bem colocado, pense nisso. Se lá não existe uma pessoa que você confie ou que você acredite que possa fazer um bom trabalho, escolha a melhor opção entre elas e depois faça sua parte: fiscalize!
Ou senão faça como um candidato desses que ouvi falar esses dias. O cara se candidatou a presidente e teve apenas um voto. Aí perguntaram para ele, em tom de gozação: 
_ E aí, fulano. Que vergonha heim! Só um voto. Nem sua mãe votou em você?
Aí o rapaz respondeu: é, pelo menos eu votei em quem eu acreditava que pudesse fazer algo de importante!
Não se venda, não pense só em você. São 4 anos onde cada minuto parece uma eternidade. Mas não são para todos: aqueles que se venderam e não receberam o valor de sua venda vêem esse tempo passar muito mais lentamente. Aqueles que fizeram as suas parte, ou que foram perseguidos, vêem ele passar muito mais rapidamente, porque essas pessoas, quando se sentem em dificuldades, arregaçam as mangas e conseguem encontrar possibilidades onde outras pessoas vêem dificuldades, e saem muito melhores e mais fortalecidas.
O coronelismo acabou, e a escravidão também!
Ainda encontramos gente disposta a ser escravo, e que ainda paga por isso!
É uma pena.
Como diz uma das leis de Murphy: “nada já está tão ruim que não possa piorar”.
Mas nós podemos melhorar tudo isso. Basta querer, e deixar de se vender.

Tenha um bom emprego, uma boa escola para seus filhos, “amigos” que gostam de você pelo que você é e não pelo que você tem, uma disposição enorme para o trabalho, e seja uma pessoa digna, que você verá que tudo na sua vida dará certo. As duas primeiras, só conseguimos com escolhas certas. As outras só se conquistam com caráter. 
E isso leva tempo para construir, e não se acha na farmácia para comprar.

Faça o que é certo: não se venda! 
Critique menos e ajude mais. Falar é fácil!

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