Faça o que é certo, não o
que lhe convém!
Em época de eleição é sempre a mesma coisa: os
políticos falam o que a gente quer escutar e muita gente só escuta o que quer
ouvir. É sempre assim.
O ser humano, por incrível que isso possa parecer, é
o único animal (dizem racional) que é capaz de aprender com os erros dos
outros. Mas muitas pessoas ignoram essa máxima, comprometendo a vida de
milhares de pessoas, ou por conveniência, ou por vaidade.
Se
um político te oferece alguma coisa, um dos dois lados não presta: o do
político, porque te pois preço, ou você, porque aceitou ser etiquetado. O
problema é que você acaba cada dia mais barato. Um dia você quer um
apartamento, um carro, outro dia um emprego bom já te serve, outro dia qualquer
emprego que te arrumar já te serve, até chegar a ponto de uma cesta básica já
te contentar. O importante é pedir.
Antes, as pessoas só se contentavam se ganhassem,
hoje, só a promessa já basta!
E a ignorância chegou a ponto de algumas pessoas
pensarem assim: “não tem problema, do mesmo jeito que eu coloquei o cara lá, eu
tiro”. Santa idiotice.
Ainda existe aquela coisa de situação e oposição.
Isso já deixou de existir a muito tempo. Todas as cidades que ainda cultivam
esse pensamento só estão andando para trás. As outras, estão mergulhando num
profundo crescimento. Porquê? Por um motivo muito simples: a cidade não é
minha, nem é sua, é nossa! Todos fazemos parte de um grande quebra cabeça que
vai muito mais além da nossa imaginação. Cada peça tem que se encaixar perfeitamente,
independente da posição que ela se encontra. O importante é formar uma linda
paisagem. Não importa se eu gosto de você ou se você gosta de mim, isso já era
pedir demais. O que importa é o que você faz, ou o que você faz para melhorar
as “nossas vidas”, ponto final. Quando digo nossas vidas, digo a vida de toda a
comunidade. É importante estar bem quando todo mundo está bem!
Agora, vamos generalizar: no Brasil existe uma
cultura coronelista difícil de ser exterminada. A do manda quem pode, obedece
quem tem juízo. A diferença entre “estar” rico ou “estar” pobre depende do lado
do caixão em que você está – do lado de dentro ou do lado de fora. Nessa hora,
somos todos iguais. Para que serviram as diferenças então? Por acaso ela nos
torna melhores ou piores que os outros?
Acabou a eleição, começam as perseguições, as
desavenças, os atos medíocres, a podridão. O brasileiro tem uma memória muito
curta. O valor não está no que a pessoa faz ou deixa de fazer, está no que ela
fala para te convencer. Não devia ser assim. Cada dia estudamos mais para
sermos mais ignorantes? Quando estamos por baixo, beijamos os pés, quando
estamos por cima, pisamos na cabeça?
Até quando vai isso, até estarmos
dividindo a lavagem com os porcos, mas ainda sim brigando por um chiqueiro
melhor?
E ainda tem gente (se é que podemos chamar de gente)
que escolhe as pessoas erradas para “tentar” pisar na cabeça. Justamente
aquelas que não estão nenhum pouquinho preocupadas com “lado” político.
Por incrível que isso possa parecer (tem muita gente
que não acredita nisso), a justiça “ainda” existe. E existiria em uma proporção
ainda maior, se todas as pessoas começassem a brigar pelo que é seu, não pelo
que é dos outros.
Um dia escutei uma pessoa dizer: é mudou apenas a
coleira, pois o cachorro continua o mesmo. Porque ela se sujeita a isso? Por
comodidade? Ou por vaidade: “Não posso perder o meu voto! Na eleição passada eu
ganhei para vereador, governador, só perdi para presidente!
Bobeira, muita
gente nem se lembra em quem votou na eleição passada!
E ainda querem melhorar o Brasil...
Agora, é época de reflexão. Se você vota em branco
ou anula o seu voto, você está na verdade votando para o candidato mais bem
colocado, pense nisso. Se lá não existe uma pessoa que você confie ou que você
acredite que possa fazer um bom trabalho, escolha a melhor opção entre elas e
depois faça sua parte: fiscalize!
Ou senão faça como um candidato desses que ouvi
falar esses dias. O cara se candidatou a presidente e teve apenas um voto. Aí
perguntaram para ele, em tom de gozação:
_ E aí, fulano. Que vergonha heim! Só um
voto. Nem sua mãe votou em você?
Aí o rapaz respondeu: é, pelo menos eu votei em quem
eu acreditava que pudesse fazer algo de importante!
Não se venda, não pense só em você. São 4 anos onde
cada minuto parece uma eternidade. Mas não são para todos: aqueles que se
venderam e não receberam o valor de sua venda vêem esse tempo passar muito mais
lentamente. Aqueles que fizeram as suas parte, ou que foram perseguidos, vêem
ele passar muito mais rapidamente, porque essas pessoas, quando se sentem em
dificuldades, arregaçam as mangas e conseguem encontrar possibilidades onde
outras pessoas vêem dificuldades, e saem muito melhores e mais fortalecidas.
O coronelismo acabou, e a escravidão também!
Ainda encontramos gente disposta a ser escravo, e
que ainda paga por isso!
É uma pena.
Como diz uma das leis de Murphy: “nada já está tão
ruim que não possa piorar”.
Mas nós podemos melhorar tudo isso. Basta querer, e
deixar de se vender.
Tenha um bom emprego, uma boa escola para seus filhos,
“amigos” que gostam de você pelo que você é e não pelo que você tem, uma
disposição enorme para o trabalho, e seja uma pessoa digna, que você verá que
tudo na sua vida dará certo. As duas primeiras, só conseguimos com escolhas
certas. As outras só se conquistam com caráter.
E isso leva tempo para
construir, e não se acha na farmácia para comprar.
Faça o que é certo: não se venda!
Critique menos e
ajude mais. Falar é fácil!
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