segunda-feira, 11 de março de 2013

Há de se educar as crianças, para que não seja preciso punir os adultos.

 

Nenhuma pena é branda ou severamente rígida se dela não tirarmos nenhum proveito para a sociedade, para que os mesmos erros não sejam cometidos novamente. Há de se levar em conta que a sociedade também é culpada, por aceitar que apenas os pobres sejam condenados e colocar quem os condena em posição de destaque. Damos aos pobres, por obrigação, mas temos orgulho é dos ricos, e de tudo que a riqueza possa nos proporcionar.
Cabe então a pergunta: passados todos os acontecidos, que ações efetivamente foram vistas para que:
- 1- nossos jovens tenham pouco espaço em suas cabeças para que não se sintam atraídos para as coisas que não prestam?
- 2 - tirando essas açõezinhas isoladas, quantas vezes você viu, efetivamente, nas escolas ações contra bulling, pedofilia, sexualidade, erotização, gravidez na infância, responsabilização, bebida, drogas, cigarro.. que não sejam apenas pontuais? OSPB, EMC, disciplinas até pouco tempo essenciais foram esquecidas. Nossas crianças não têm história, porque não tem passado. O futuro é aquilo que lhes está sendo imposto, e eu não tenho visto isso com bons olhos, porque o que lhes está sendo imposto é cruel e desumano.
Porque não fazer como na época de Tiradentes, então, em que matávamos, esquartejávamos e colocávamos os restos mortais em cada canto da cidade para dizer - olha, isso é o que acontece com quem faz a mesma coisa?
- 3 - temos que educar nossos jovens, para não precisarmos, no futuro, puní-los. E educar sai mais barato que punir, tendo em vista o valor de uma escola e o valor de um presídio.
- 4 - até que algumas coisas aconteçam com a gente, não temos como ter a dimensão de tudo o que acontece. Em alguns casos apenas se colocar no lugar das pessoas não surte efeito, porque arrepio não é o mesmo que dor.
- 5 - enquanto o medo for maior que a clareza do certo e do errado, não teremos um dia sequer de paz. Mas o dia que a educação formar realmente homens críticos e conscientes das suas responsabilidades junto a sociedade, e a sociedade deixar de ser essa coisa nojenta, cruel, sórdida, monstruosa, deixar de lado o faça o que eu falo, mas não faça o que eu falo, teremos, sim, um mundo no qual valerá a pena viver.
 
Eu não jogo pedras, porque as mesmas pedras que atiramos podem voltar-se contra nós. Minha luta não é por justiça, é para que o termo justiça tenha sentido.
Somente a Educação é capaz de mudar a realidade desse país!!!

 

André Dorta


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