CARTA DE UM ECOCHATO
Vivemos de aparências e
ridicularizamos nossas prioridades, jogando para as pessoas responsabilidades
que não são delas.
Gostaria sinceramente que esse
sentimento fosse contagioso, como uma música que entrasse na gente e criasse
outros novos bons sentimentos, e trouxesse menos gente para falar e criticar e
mais gente para fazer, e que as pessoas tivessem mais compromisso umas com as
outras.
O povo quer o mundo que tem, pois não
faz e nem tenta fazer algo para mudar. Jogamos para debaixo do tapete tudo
aquilo que está embaixo dos nossos olhos.
Alguns dizem que precisamos ajudar a
natureza para que ela continue vivendo. É diferente: precisamos ajudar a
natureza para que nós continuemos vivendo.
A cobrança é sempre muito grande, mas
o crédito ainda é maior que a desconfiança. Mas isso só não basta.
Acabaram inventando o termo “ecochatice” para traduzir aquilo que os
amantes da natureza espalham aos quatro ventos. Mas essa ecochatice, passado algum tempo, é transformada em previsão e esses
“ecochatos” em pessoas a frente do
seu tempo, visionários.
As pessoas mudam de assunto e
desconversam quando a coisa fica séria.
O mundo me confunde: sua crueldade, indiferença, descaso, tragédia, humilhação, a passividade das pessoas. Isso me dá nojo.
O mundo me confunde: sua crueldade, indiferença, descaso, tragédia, humilhação, a passividade das pessoas. Isso me dá nojo.
Poucas pessoas pensam em plantar uma
árvore, mas quando o sol é muito forte todos querem a sua sombra. Todos querem
tirar uma casquinha, mas poucos querem realmente ajudar sem receber nada em
troca.
Não sei se com tudo isso vou conseguir
entrar na cabeça de vocês, mas, raciocinem: no que nós nos transformamos?
Vivemos esperando dias melhores, mas
só esperar não basta, temos que agir.
Nós acertamos na maior parte das
vezes, mas o que realmente tem valor para as pessoas são a quantidade de vezes
que erramos, mas esses erros deviam ter valor apenas para nós mesmos.
Se você não sabe onde está indo, como
saber se está chegando lá? Quando vê que a sua fé ainda inspira outras pessoas
de bem a agir e a seguir o mesmo caminho que você.
Por essa razão eu ainda acredito.
André Renato Dorta Souza – Projeto ambiental Piracanjuba – 12/09/2015
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