segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Carta de um Ecochato




CARTA DE UM ECOCHATO

Vivemos de aparências e ridicularizamos nossas prioridades, jogando para as pessoas responsabilidades que não são delas.
Gostaria sinceramente que esse sentimento fosse contagioso, como uma música que entrasse na gente e criasse outros novos bons sentimentos, e trouxesse menos gente para falar e criticar e mais gente para fazer, e que as pessoas tivessem mais compromisso umas com as outras.
O povo quer o mundo que tem, pois não faz e nem tenta fazer algo para mudar. Jogamos para debaixo do tapete tudo aquilo que está embaixo dos nossos olhos.
Alguns dizem que precisamos ajudar a natureza para que ela continue vivendo. É diferente: precisamos ajudar a natureza para que nós continuemos vivendo.
A cobrança é sempre muito grande, mas o crédito ainda é maior que a desconfiança. Mas isso só não basta.
Acabaram inventando o termo “ecochatice” para traduzir aquilo que os amantes da natureza espalham aos quatro ventos. Mas essa ecochatice, passado algum tempo, é transformada em previsão e esses “ecochatos” em pessoas a frente do seu tempo, visionários.
As pessoas mudam de assunto e desconversam quando a coisa fica séria.
O mundo me confunde: sua crueldade, indiferença, descaso, tragédia, humilhação, a passividade das pessoas. Isso me dá nojo.
Poucas pessoas pensam em plantar uma árvore, mas quando o sol é muito forte todos querem a sua sombra. Todos querem tirar uma casquinha, mas poucos querem realmente ajudar sem receber nada em troca.
Não sei se com tudo isso vou conseguir entrar na cabeça de vocês, mas, raciocinem: no que nós nos transformamos?
Vivemos esperando dias melhores, mas só esperar não basta, temos que agir.
Nós acertamos na maior parte das vezes, mas o que realmente tem valor para as pessoas são a quantidade de vezes que erramos, mas esses erros deviam ter valor apenas para nós mesmos.
Se você não sabe onde está indo, como saber se está chegando lá? Quando vê que a sua fé ainda inspira outras pessoas de bem a agir e a seguir o mesmo caminho que você.
Por essa razão eu ainda acredito.


André Renato Dorta Souza – Projeto ambiental Piracanjuba – 12/09/2015

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