quinta-feira, 19 de maio de 2016

Hoje eu acordei com vontade de chorar. Ou melhor, nem dormi.

 
Hoje eu acordei com vontade de chorar. Ou melhor, nem dormi.
Faz muito tempo que venho sendo bombardeado por uma quantidade monstruosa de ideias, projetos, ações, como se o dia começasse ontem e terminasse amanhã.
Tenho visto, passado, sentido, acreditado e desacreditado em coisas que já me fez perder e recuperar a esperança milhares de vezes.
Já desisti de coisas, depois desisti de desistir delas. Isso quer dizer, então, que eu nunca desisti de nada?
Aí então eu, a certa altura da noite, me pergunto: porque eu?
Porque nascer em um mundo em que as pessoas são cada dia mais desesperançosas, cruéis e injustas, descompreendendo o valor de coisas que há muito tempo deixaram de fazer sentido.
Aprendendo palavras que eu não conhecia, frases que não faziam parte do meu vocabulário ou, pior, que já conhecia mas não queria que fosse dessa maneira.
As pessoas estão cada dia mais incrédulas e, quanto mais incrédulas se tornam, mais a verdade é esfregada em sua face, dia-a-dia, tornando-as ainda assim mais melancólicas e injustas. Más.
Dormi com a frase: somos todos feitos do mesmo barro. Acordei com a frase: se puder fazer algo por alguém, faça!
Mas hoje eu acordei com vontade de chorar, mais isso é algo que não faço há anos.
Então, acordei com necessidade de chorar, mas não vontade, porque necessidade é algo dos simples, mas vontade é palavra comum na boca dos menos favorecidos.
Pra ajudar, ontem o sol não apareceu como de costume e, hoje, parece que o sol nem se pôs.
Então, eu não acordei, nem dormi, nem tive necessidade, nem tive vontade, porque, simplesmente, o dia não acabou. Pois o dia nunca acaba.
Se você tiver a chance de fazer algo por alguém, faça sem titubear ou esperar algo em troca.
Porque a bondade é o alimento servido em uma colher com dois lados iguais.
Então, agora sóbrio, lá pelas 3 e alguma coisa da manhã, assisti ao filme O CONTADOR DE HISTÓRIAS, um filme biográfico, que conta a história de CARLOS ROBERTO RAMOS, ou Carlos Roberto Contador de Histórias como é conhecido em Belo Horizonte. Porque Minas? Isso lhe soa familiar?
Quem tiver a possibilidade de ver esse filme, por favor, assista.
A verdade, por vezes, aparece em flashs e nos bombardeia todos os dias. Mas ultimamente ela vem atropelando igual a uma locomotiva desgovernada.
Nota do co-autor: ainda não me acostumei à essas novas/velhas tecnologias, preferi sempre a pena, que é mais elegante.
Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

Hoje acordei com vontade de chorar, mas não chorei, porque não tive coragem.

Já que me esqueceram nesse mundo estranho, vamos correr pra dar sentido a ele.

Nada na vida acontece por acaso.

Eu não entendo mais nada, mas nada que faz sentido, hoje, vem valendo a pena.

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