quarta-feira, 1 de abril de 2009

Educação: rebeldia, comportamento, limite.

Esse é o assunto do momento. Muito se fala nas escolas, nos congressos de educação, nas rodas de professores, e em tudo quanto é lugar.
As crianças estão cada dia mais rebeldes, demonstram um comportamento da cada dia mais agressivo e nunca se ouviu falar tanto de LIMITE.
Eu vou fazer apenas uma pergunta:
Será que as crianças de hoje são as mesmas de antigamente?
Se você responder que sim, o problema é que os professores de antigamente morreram, e os de hoje tem uma formação tão ridícula que mal conseguem dominar seu conteúdo, que dirá sua classe.
Se você respondeu que não, vou te fazer outra pergunta:
Em que, necessariamente, essas crianças de hoje diferem-se das de antigamente?
Essa questão é uma das mais comentadas também. Muitos dizem que, antigamente, as crianças tinham mais respeito, que os pais eram mais presentes, que a familia tinha mais valor... Eu concordo com tudo isso. Só que também tem um detalhe que há de se considerar: essas mesmas crianças não tinham a facilidade de conseguir informações que têm hoje. O professor era considerado o dono da verdade e os pais só tinham um domínio maior sobre os filhos porque detinham um senso comum incrível, por isso eram respeitados pelos filhos.
Os pais de hoje já não são analfabetos como os de antigamente, mas de nada lhe serve esse conhecimento, pois pouco diálogo têm com os filhos, porque detêm menos informações que eles. As crianças de hoje questionam mais, querem mais respostas. As de antigamente tinham medo de perguntar. Respeito a gente conquista, não tem na farmácia para vender!
Já falei sobre o assunto anteriormente, mas vale ressaltar: nossos alunos, como nossos filhos, querem de nós respostas, não dúvidas. São sedentos de conhecimento e, para isso, quando não estão satisfeitos com o que lhe é proposto, se tornam rebeldes.
É simples. Porque, nas reuniões de escola tanto se fala que alguns professores têm mais facilidade que outros para "domar" a agressividade de seus alunos, tendo aulas mais produtivas, ninguém pergunta para esses o que fazem, que metodologia utilizam, como se comportam?
Medo de perguntar ou medo de ouvir a resposta?
Em questão ao relacionamento com os alunos, até esses professores que têm menos problemas de convivência têm uma opinião em comum: deve-se cobrar mais dos pais.
Participar de reunião de pais somente não quer dizer que os pais estão preocupados com os filhos. Preocupados são aqueles que são compromissados, tanto professores, quanto pais, quanto alunos.
Na minha opinião, deve-se cobrar mais das hierarquias: se um aluno é problema na escola, e é um problema que foge aos limites territoriais e de responsabilidades dessa escola, por mais qu ela se esforce, já é preocupação e responsabilidade para os pais, na mesma proporção em que a escola é responsável pela "educação" escolar dessas crianças. Sou contra chamar pai de aluno em escola para falar de filho. Isso deve ser feito na reunião de pais, com os professores. Por mim, o Conselho Tutelar deve ser prontamente notificado a tomar providências junto aos pais e, se este não tomar, deve ser questionada sua atuação junto aos seus superiores (juizes, promotores...). Deve-se cobrar para que os pais exerçam suas funções de mentores intelectuais responsáveis pela formação moral de seus filhos, e sejam cobrados em caso de abandono. Quando começar-mos a multar pais, colocá-los para desenvolver trabalhos de prestação de serviços à comunidade por causa de problemas com seus filhos, começar a "mexer" no bolso deles, e quando os professores começarem a cobrar um pouco mais de respeito desses, quem sabe não teremos novos rumos na Educação.
Ah! E vocês, professores, lembrem-se que nossas crianças estão em constante transformação. O que você tem feito para se adaptar a isso?

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