terça-feira, 31 de agosto de 2010

Êh!... ducação!

Honestamente, é desanimante.
Aí vem o Globo Repórter e diz que uma das profissões mais estressantes é a de professor. Ah! Vá? Verdade?
não brinca?
A profissão de professor já não existe mais, está entrando em extinção, e por dois motivos:
1 - Porque nessa classe "desgraçada" ainda existe gente que se denomina professor, e fica desonrando o restante, com diplomas falsos, anti-profissionalismo, desonestidade, anti-ética, falta de comprometimento, gente mercenária em gênero, número e grau. Antigamente, a turma era pequena, hoje...
E vocês não imaginam a briga que a gente compra por causa disso. Os bons profissionais existem, mas estão ficando de saco cheio de bater de frente e concorrer, desonestamente, com esse tipo de "gente".
2 - Não existe mais escola. Existe um depósito de gente camuflado de escola, e o professor é a babá desse povo. Tudo bem que aceitou essa situação calado muito tempo, e agora não consegue contorná-la. É um monte de gente despreparada cuidando de um monte de gente que não está nem aí pra preparo. Infelizmente as coisas estão assim.
O que me desanima mais é que todo mundo vê essa situação, mas teimam em acreditar que tudo está normal.
Educação e política andam de braços dados. Para a política, a solução dos problemas do mundo é a Educação. Ah! Vá? Não brinca? Verdade?
Que educação é essa então, que permite professores fechados dentro de uma sala, afastados, sem dar uma única aula sequer, que ganham bem mais que outros professores que dão o sangue para lecionar em duas ou três escolas senão não conseguem colocar o alimento dentro de casa, e ainda recebem bónus? Gente, isso é incrível, inacreditável.
A pessoa fica o ano inteiro sem dar uma aula sequer e ainda recebe bônus por mérito. Que desgraça de mérito é esse.
Ah! sei.
Ajuda mais quem não atrapalha. Entendi.
Fique o dia inteirinho quietinho, sem fazer nada, e só de não atrapalhar ninguém você já recebe bônus.
Está certo.
Têm professor que é melhor ficar fora da sala de aula mesmo.
Poxa! Mas isso é desumano.
Um pedreiro ganha mais que um professor hoje. Sem desmerecer a classe.
Só que a gente estuda a vida inteira para acabar como cortador de cana, servente de pedreiro, ajudante de eletricista... É foda.
Aí vêm os cursos de qualificação.
É até engraçado.
Você fala para professor que eles têm que se qualificar.
tudo bem, isso é um fato.
Ai vem a pergunta: TÊM PONTO?
Porque se não valer para a progressão funcional, nenhum deles faz qualificação alguma.
Interessantíssimo.
Aí também tem aqueles que correm atrás desses cursos inventados pela administração só para colocar na frente aqueles professores que eles querem que estejam na frente.
Têm também aquelas escolas que não estão nem aí para lista. Chamam os professores como os convém.
Têm também aquelas que fazem concurso só para alimentar seu caixa, porque os professores que passaram nunca são chamados, inclusive os de substituição. Parece Banco do Brasil!
Sem contar escolas que os estagiários é que dão aulas.
É para acabar.
Aí eu pergunto. Como é que essa educação pode levar o Brasil para algum lugar?
_ Filho, estuda senão você nunca vai ser alguém na vida.
_ Mas mãe, o presidente nunca estudou e é presidente!
Então...
Quanto aos cursos, eu tenho uma dica.
Use o exemplo do Tênis. Lá tem uma disputa que chama Corrida dos Campeões e tem a Disputa tradicional, que traduz a colocação deles no ranking. Vamos lá. Nessa Corrida dos Campeões, se eu o estiver enganado, quem somar mais pontos, ao final do ano, disputa o título de melhor do mundo. Nada mais justo. Já na pontuação tradicional, ela conflita os torneios e pontos conquistados esse ano com os pontos e torneios disputados no ano anterior. Olha que barato. Um tenista ganhou 800 pontos no ano anterior em um torneio. Esse ano ele tem que defender esses 800 pontos, não importa em que torneio eles esteja. Ou seja, aquele tenista que sai a caça de torneios para elevar seu ranking fica meio esperto, porque no próximo ano ele tem que defender todos os pontos que conseguiu anteriormente.
Isso é perfeito.
coloraremos nossos professores para fazer cursos.
Deixe o pau quebrar, risos.
Aqueles oportunistas que saírem doidos à caça de pontos para elevarem sua bonificação poderão até se sair muito bem em um ano, mas no ano que vêm, estarão malucos, porque não conseguirão manter o mesmo ritmo.
Aqueles professores centrados, que vão atrás de qualificação para se manterem competitivos, esses sim, saberão dosar a quantidade que qualificação que lhes é importante para seu trabalho.
Ou seja, valorizaremos os bons professores. Os oportunistas, que se lasquem.
Ainda podemos aproveitar o modelo da corrida dos campeões. Aqueles que se qualificaram produtivamente no ano, recebem, aí sim, o tão sonhado bônus, mas valorizando-se, sempre, aqueles que tiveram uma qualificação produtiva, comparada aos anos anteriores.
Os professores estão cansados e desmotivados justamente porque têm que concorrer com esses aventureiros de ocasião pedagógica.
É mais ou menos isso, risos.
Fora tudo isso, enquanto a Escola não se tornar um ambiente agradável, tanto para os professores quanto para os alunos, nunca teremos uma educação de qualidade nesse país.
É simples: 8 entre 10 professores odeiam ir para escola lecionar. E ainda admitem que esses 2 são doentes.
Quem está doente nessa história?
Eu me considero um desses dois.
Acho que estou começando a precisar de um tratamento psicológico, riso.

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