Tenho ouvido falar muito a respeito de sexualidade, erotização precoce, influência das mídias no comportamento das nossas crianças.
Agora tenho uma dúvida: qual a participação da Escola, ou melhor, de que forma esses assuntos vêm sendo tratados nas Escolas?
Há música nas Escolas?
Fora os pedagógicos, temos tratado de assuntos relevantes à filmes que são lançados? Estes são discutidos dentro das nobres salas?
Os alunos praticamente andam se esfregando uns nos outros sem saber que nome se dá a isso, parecendo cachorrinhos no cio, com o perdão da palavra, mas alguma coisa se fala em relação à sexualidade dentro das Escolas?
Tenho visto meninas de 12 anos grávidas, que mais parecem crianças brincando de boneca! Alguém, em sã consciência, acredita que os pais de hoje têm condição suficiente para educar sexualmente essas crianças, sendo que eles mesmo não foram educados?
Essa semana eu, sem querer, acabei criando uma situação que me fez refletir sobre o assunto.
Acabadas as atividades em uma turma minha de oitava série, comecei a converter alguns clipes que utilizo em meus cursos e testá-los. Para minha surpresa, quando fui retirá-los, meus alunos pediram para que eu assim não fizesse, porque eles estavam interessados. NOTA: eram vídeos dos anos oitenta e noventa.
Ficaram curiosos, queriam saber sobre a época, interessaram-se pelo ritmo, gostaram da moda da época.
Coitados: me deram combustível para eu falar bastante sobre os costumes dessa época.
Não pensem que eu não aproveitei a oportunidade para comparar com os ELA SAI DE SAIA, DE BICICLETINHA... BOQUINHA DA GARRAFA... e afins.
Disse a eles que naquela época as coisas eram bem diferentes da época deles, mas não necessariamente era melhor. a melhor época é a que cada um de nós vive, e cabe a nós transformá-la em nossa melhor época.
Perguntei a eles quem eles consideram o melhor jogador de futebol do mundo e muitos deles disseram Messi, Neymar, Ronaldo, Cristiano Ronaldo.
Adianta eu dizer que foi PELÉ?
O melhor jogador do mundo é o melhor jogador que eles conhecem. O resto é lenda para quem não vivenciou essa época.
Então, faço aqui um apelo para os que têm experiências marcantes com a utilização dessas mídias como meio produtivo. Não estou falando de projetos, estou falando sobre cotidiano.
Colocar a música como som ambiente, utilizar filmes de forma a ditar conceitos, imagens, filmes e sons que orientem conscientemente a sua sexualidade.
Não podemos perder essa geração para o descaso.
Eu tenho comparado essa geração a uma montanha que ninguém dava nada, mas que em seu interior está recheado de pedras preciosas.
Precisamos otimizá-los.
É isso!
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