quinta-feira, 21 de julho de 2011

O triste cenário da Educação brasileira II



Tem horas que eu nem sei por onde eu começo.
Mas hoje vou começar desabafando:
Já pensei em desistir.
Já achei que a Educação não é o mei meio.
Já me senti desvalorizado, mas depois percebi que tinha gente que estava muito mais abaixo de mim e não desistiu. Isso me tornaria um covarde, coisa que eu não sou. Não faz parte do meu perfil.
Estou mais praquele: morro abraçado com que é certo, com que é justo!
Não é demagogia.
De uns dias para cá tenho recebido várias mensagens de solidariedade, e agora parece que meu prestígio começou a atingir o nível que eu pretendia, ou melhor, merecia.
Não. Não mereço, porque, honestamente, entendo que não faço mais que minha obrigação.
Mas é muito interessante saber que falo a mesma lingua da maioria dos "educadores" a quem podemos dedicar uma boa parte da nossa paciência.
Isso meso. Paciência.
São esses que nos ensinam a cada dia que, por mais que alguns acreditem que o mundo acabou, ainda há uma luz no fim do tunel.
Que está cada dia mais fraca, mas ainda emite raios.
Entre esses está GUSTAVO IOSCHPE, que nas páginas 108 a 112 da Revista Veja, Edição 2225, retrata algo que alguns podem retratar como um caus, outros podem chamá-lo de louco, mas que eu agora posso atribuí-lo o título de LEITURA OBRIGATÓRIA.
E reitero: enquanto tratarmos a Educação da maneira que tratamos, estaremos sempre andando em círculos.
Ensinamos nossas crianças, hoje, para uma realidade bem diferente da que as aguarda no mundo real. atribuímos ao seu aprendizado o contexto de que o meio em que ela vive é o responsável por suas baixas taxas ou seu nível de interesse, ao passo que deveriamos é demosntrar para elas que o sabor do sucesso é bem maior para aqueles que tiveram maiores dificuldades.
Hoje eu não respeito mais os professores da mesma maneira que respeitava há 20, 30 anos atrás. Porque simples professores são pessoas simples.
eu respeito esses heróis das 4 paredes, que conseguem desintegrar essas paredes quando estão dentro do seu habtat natural: a sala de aula.
Que mesmo com essa mania ridícula de acreditarem que "quanto mais aula, melhor a qualidade do ensino" continuam com a sua heróica e preponderante tarefa de tornar esse país melhor partindo do princípio que não adianta fazer a cesta ficar bonita se as frutas estão estragadas.
Precisamos preparar esses futuros cidadãos para o melhor que elas puderem ser, e que as dificuldades que encontrarão são apenas mais um desafio a ser superado.
O desafio maior não é a vida que levam. É estarem dentro de uma escola que mais parece um depósito de gente, convivendo 5 horas dentro de uma sala fechada e 15 minutos fora.
Isso mais parece um presídio.
A Escola, para ensinar para a vida, primeiro, deve aprender a viver. Ou sobreviver.
Criança, porque é pobre, não deixa de ser criança!
Pobreza é uma condição que nos ensinaram a aceitar, mas que nunca existiu.
Mais pobre é aquele que inventou o dinheiro. Porque enquanto ele não existir, as pessoas eram iguais. Diferentes, mais iguais.
Amo muito tudo isso!!!

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